Profissão de Fé do Blog.

Profissão de Fé do Blog "Creio em um só Deus, Pai onipotente, Criador do céu e da terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis. E em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho Unigênito de Deus, nascido do Pai, antes de todos os séculos. Deus de Deus, Luz de Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro. Gerado, mas não feito, consubstancial ao Pai, pelo qual foram feitas todas as coisas. Ele, por causa de nós, homens, e nossa salvação, desceu dos céus. E se incarnou por obra do Espírito Santo, da Virgem Maria. E se fez homem. Foi também crucificado por nós; sob Pôncio Pilatos, padeceu e foi sepultado. E ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. Subiu ao céu, está sentado à direita do Pai, de onde há de vir segunda vez, com glória, a julgar os vivos e os mortos; e seu reino não terá fim. Creio no Espírito Santo, que é Senhor e Fonte da Vida e que procede do Pai e do Filho. Com o Pai e o Filho é juntamente adorado e glorificado, e é o que falou pelos Profetas. Também a Igreja, una, santa, católica e apostólica. Confesso um Batismo para remissão dos pecados. E espero a ressurreição dos mortos, e a vida do século futuro." Amém.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Cuidado com o lobo.

SERMÃO DO PADRE FRANCOIS CHAZAL (FSSPX), NA CORÉIA DO SUL:

[Tradução: Maria Dolores Ribeiro Orge]

Queridos fiéis:

Parte I

A nova Roma fornicadora

Na semana passada me levantei reconciliado com a nova Roma –pensei durante 12 anos que isso nunca passaria–, mas enquanto eu estava dormindo a sesta, o Vaticano II da FSSPX fez das suas e agora é a janela da Fraternidade que se abriu para a nova Roma, com a alavanca da falsa obediência.
Apesar disso, a Nova Roma será destruída, ela é Cartago para nós. Não temos nada que ver com ela, não temos estrutura canônica com ela, não temos nenhum acordo prático com ela, não temos nenhum ponto de convergência doutrinal com ela. Se Nossa Senhora disse: “Roma perderá a fé e tornar-se-á a sede do Anticristo”, de fato Roma perderá a fé e tornar-se-á a sede do Anticristo, apesar de todas as formosas correções diplomáticas que se possa imaginar, com a ajuda das vestes Pontifícias e Cardenalícias, palácios, monumentos sagrados, batinas púrpuras e cíngulos com franjas, apesar de falar suave romano e os esforços de expertos da reconciliação, apesar da permissão para rezar missas, dos adornos da tradição e dos amendoins do Cardeal Hoyos.
A Nova Roma segue estando morta, não para nós (da Tradição) que não estamos unidos a ela, senão para milhões e milhões de almas que, nestes 50 anos, podiam ter ido ao Céu por permanecer Católico ou por entrar na Igreja Católica.
E já que o que nos propõe é estar justo debaixo do Papa, (nada novo por certo, isto foi proposto sempre a todos aqueles que terminaram reciclados ao modernismo), vamos prestar atenção à pessoa a quem queremos confiar a nós mesmos, o Papa Bento XVI, que reina sobre a Igreja oficial de maneira misteriosa e válida.
O Papa Bento XVI, anteriormente cardeal Ratzinger, é nosso mais coerente, racional, metódico, organizado e eficaz inimigo. Vem estudando nosso caso há décadas, quase enganou Monsenhor Lefebvre em 1988. Enquanto que compartilha a mesma teologia herética como os outros líderes hereges, preparou uma imagem perfeitamente conservadora e tranquilizadora. O homem nunca meteu ninguém na prisão, nunca lutou contra nós com armas, mas sua caneta (e sua voz melódica doce), teve mais êxito. “O poder dos cavalos se encontra em sua boca” (Apoc. IX, 19).
 “Mas, padre, como se pode condenar a um homem, a própria cabeça da igreja visível deste modo, a priori e com tanta veemência?” “Por que tal endurecimento?”
 Uma condena a priori é má, mas se a condena se produz depois de uma enorme montanha de provas, do passado e do presente, essa condena tem que ser forte. Um lobo é um lobo. Se é lobo, pensa como lobo, atua como lobo e mata como um lobo.
Pensa como um lobo: Depois de sua má formação no seminário, o Pe. Ratzinger se converteu no assessor de Karl Rahner, talvez o pior “perito” do Concílio Vaticano II e revelou seu pensamento central no livro titulado de maneira tradicional “Princípios da Teologia Católica”, que eu li. Seu pensamento estabelecido é que não há um conceito estabelecido e estável em todo o religioso, mas NÃO SE IRIA MUITO LONGE MUDANDO CONCEITOS DOGMÁTICOS. A mente da gente trabalha a uma velocidade diferente, necessitamos um modernismo adaptável a várias velocidades. A Pascendi denunciou o modernismo em 2D, Bento XVI é o modernismo em 3D.
Esta grande habilidade seduziu a muitos de seus colegas modernistas, e assim ocorreu que o Cardeal Ratzinger se converteu no arquiteto do Novo Catecismo, a Declaração sobre a justificação, a Declaração de Balamand, todo o projeto de Assis… Quase todos os desastrosos pronunciamentos do Papa João Paulo II podem ser rastreados até ele, e podemos dizer que ele mudou de opinião hoje em dia? Claro que não, porque quando leu seu próprio decreto da “beatificação” de João Paulo II, declarou ao final que o principal sinal da santidade de João Paulo II é o Concílio e sua intensa aplicação à Igreja através de seu pontificado.
Por isso é tão importante ver se Bento XVI atua como um lobo agora, não antes, senão agora, porque a grande tentação é crer que as coisas mudaram e que Bento XVI está muito inclinado para nós, de tal maneira que chegou a ser quase um de nós… Que formoso e esperançoso, não?
Mas não, quatro vezes não pelo menos: pelo hinduísmo, o islã, o judaísmo e o protestantismo.
Hinduísmo: quando eu estava em Bombaim por volta de 2006, cheguei a ler o que Bento XVI disse sobre a inculturação na Índia. Elogiou-a, mas com reservas. Não é bonita e tradicional sua reserva sobre a inculturação? Bom, exceto pelo feito de que reprovou aos bispos da Índia “que só inseriam os elementos hindus no culto católico em vez de por bastante da cultura budista também, e isto é muito triste, porque a religião budista se originou na Índia e o budismo é uma grande religião”…
Notem bem: não se pôs penachos e plumas indianas, não ao Kumkum na frente, mas teve uma aproximação mais intelectual e consistente.
Islã: uma vez mais, Bento XVI não beijou o Corão, que vai contra suas categorias de sensibilidade Bavária. Mas quando foi à Mesquita de Istambul, tirou os sapatos, dirigiu-se ao emir, juntou as mãos na posição muçulmana, voltou-se para a Meca e rezou com os outros muçulmanos que o rodeavam. Tudo isto durou só uns minutos, nunca se repetiu de novo, mas novamente se pode ver a mesma consistência da prática. Bento XVI é um pouco como a gravação de uma câmara de vigilância, muito chato de ver, exceto em uns poucos quadros horríveis.
Judaísmo: a falta de assiduidade para o paganismo e o Islã em Bento XVI está claramente compensada por seu fervor e admiração pela religião judia. Quase todos os anos, o Papa vai à sinagoga e faz longos discursos, cuja principal idéia é “O Antigo Pacto segue válido e não foi revocado”.
Como se pode ser mais claramente oposto à fé católica? Ou às Epístolas de São Paulo? Isto é tão grave que o ecumenismo de Bento XVI parece sugerir que uma religião está por cima das demais, ou seja, o Judaísmo. E sua eleição pelo judaísmo é sensata, porque o judaísmo é a pior religião falsa, já que nega tão perfeitamente e com tanta veemência a divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Protestantismo: o anterior não quer dizer que Bento XVI não entenda a profunda espiritualidade de Martinho Lutero. Mas uma vez mais, Bento XVI irá além de João Paulo. Ele entrou no templo protestante com vestes Pontifícias, (não só em batina branca) e participou na primeira parte (lembre que “Bento XVI é um conservador”, só metade mau) de um culto protestante. Seu louvor de Lutero é mais detalhado e profundo, motivado espiritual e teologicamente: como poderia ser de outra maneira? Ele é um Papa alemão.
Não esqueçamos que ele é o primeiro Papa que rompeu a doutrina católica sobre a anticoncepção artificial (sobre uso do preservativo pelo prostituto) ou o primeiro em convidar os ateus para a reunião de oração de Assis, o primeiro em reunir-se com um bispo mulher em traje de bispa e em dar a comunhão a um protestante (“Irmão Roger” do Taizé), etc.
A entrevista recente chamada “O Sal da Terra” mostra uma mente completamente confundida, incapaz de conceitos estáveis e dogmas, uma mente sem fé, diz Mons. Tissier de Mallerais (cujo livro não pôde ser publicado desde algum tempo por Clovis por razões técnicas, e não vai ser traduzido pelo Angelus, por respeito às sensibilidades do Distrito da América). Bento XVI segue vendo a renovação em face à destruição. Ele teve a destreza de escrever um livro sobre Jesus, sem mencionar, ainda que seja uma vez, sua divindade. Ele está completamente obstinado em seu pensamento, portanto, qualquer discussão doutrinal com seus expertos estava condenada ao fracasso.
Mata como um lobo. Se um é tão obstinado em suas idéias, não há nenhuma razão pela que deva mudar suas ações. Bento XVI, pelo que sabemos, não diz a verdadeira Missa. Fez uma missa de cara ao Oriente, na Capela Sistina, mas explicou de imediato que era porque o lugar não tem um altar de frente para o povo e que o texto que recitou foi o texto da missa nova, essa missa que envia tanta gente ao inferno.
Sem dúvida, o cardeal Ratzinger rezou a verdadeira Missa no passado, mas foi para enganar a Fraternidade de São Pedro (a grande antessala para os sacerdotes antes de serem reciclados na diocese local) ou em Fongombault, com o fim de presidir as reuniões para discutir a “Reforma da Reforma”.
Em si, Bento XVI não crê na verdadeira Missa, para ele é uma peça de museu. Há pouco li no Wall Street Journal, na primeira página, sobre sua visita a Cuba. Muito surpreendentemente, Fidel Castro lhe perguntou: “Quando se reuniram, por que a Igreja teve que mudar a liturgia?” Bento XVI respondeu imediatamente: “Para a renovação”. Esta é a resposta típica de um progressista empedernido.
Sua obstinação no erro o leva a apoiar a todos os neocristãos e protestantes carismáticos contaminados, já que isto cria a falsa idéia da restauração das coisas, como o Opus Dei, e o que fica da impiedade da gente o esvazia na cloaca de todas as heresias. Bento XVI é um gênio.
Se quer saber o que é um líder, você também tem que olhar a quem ele designa, já que governar é delegar. As três posições mais altas na igreja são o da Secretaria de Estado, a Congregação para a Fé e a Congregação para os Bispos.
O cardeal Bertone é secretário de Estado e claramente um delinquente. À diferença de Bento XVI, é abertamente um modernista, igual que seus famosos antecessores, cardeal Villot e o cardeal Casaroli.
Ele tem o mal humor de Villot e o espírito de manobrar de Casaroli e se encarrega de que seu legado se mantenha, ou seja, que todos os governos civis sigam estando separados da Igreja nos países católicos e anima a que se execute de acordo aos princípios maçônicos.
Os Dez Mandamentos da Secretaria de Estado são os direitos do homem sobre a base da dignidade da pessoa humana. Portanto, a paz mundial requer que não haja medidas sérias que se devem tomar para deter a perseguição dos católicos nos países anticristãos e que os esforços daqueles que ainda querem seguir sendo católicos por aí sejam discretamente desorganizados, como na China, na Rússia e no mundo muçulmano.
O cardeal Bertone excomungou o nosso bom amigo, o Padre Nicholas Gruner. Ele é sobretudo conhecido por nós pelo enterro da mensagem de Fátima, ainda que ele não foi quem o desenhou no ano 2000. Esta tarefa pertenceu então ao mestre: o cardeal Ratzinger.
O seguinte na linha é o cardeal Levada, um amigo próximo e sucessor do cardeal Ratzinger na Congregação para a Doutrina da Fé. Ele não parece estar fazendo muito, mas um expediente fundamental foi colocado em sua mesa: o trato com a FSSPX. … Vejam quão bem nos está fazendo em pedaços.
O passado do cardeal Levada não é muito conhecido para nós e isso é uma lástima. Quando era bispo de São Francisco tinha paróquias para gays e lésbicas, segundo nos disseram nossos fiéis da zona desta baía.
Também é bem sabido que ele tratou de que o finado Pe. Heidt regressasse à diocese, sentado com majestade em sua sala, franqueado pelos expertos canônicos e teólogos prontos para disparar. O padre Heidt não se imutou: “Ok, regresse-me, mas com uma condição” – “Qual é?” – “Não quero ver nenhum sacerdote gay, nem perto de mim nem em minha paróquia nem nas atividades de minha paróquia” – “só posso dizer que não” – “o mesmo eu”, respondeu o velho guerreiro e saiu da sala. O Padre Heidt tem razão, o que estamos fazendo com essas pessoas?
Poucas pessoas sabem muito sobre o cardeal Ouellet, o Prefeito da Congregação para os Bispos.
Igual que as outras duas congregações antes mencionadas, a Congregação está ocupada mantendo a Igreja em seu estado de desolação em todos os níveis locais ou de diocese.
De fato, seria um grande desastre para o Novus ordo, si de cada 4000 bispos mais ou menos, só um chegasse a ser inteiramente tradicional. Não só isso, senão que a Congregação vê que não haja nenhum bispo dizendo a Missa correta, que seja proveniente da classificação dos grupos Ecclesia Dei. E se pode encontrar um em Campos, este tem que tratar de governar seus seguidores sob a direção de outro bispo, ou seja, o bispo oficial de Campos.
As almas são enviadas ao inferno porque o clero local falha em ensinar a Fé ao seu rebanho e a fazer penitência de seus pecados. Não há melhor maneira de fazê-lo que dar, aos fiéis, bispos consistentemente maus, alguns menos maus e menos conscientes do que estão fazendo aos demais, estou de acordo, mas todos eles maus, sem exceção.
A gente pode ir através de todas as congregações menores e ver o mesmo padrão de liquidação da Igreja Católica, mas vou reter só uma, pelo bem da brevidade: a Comissão Ecclesia Dei.
Se bem a nova Roma quer abraçar-nos com tanta ternura, com um braço (o cardeal Levada) e outro (Mons. Pozzo), ao mesmo tempo está estrangulando até a morte ao Instituto do Bom Pastor.
A este Instituto se lhe solicita pôr-se na linha com o Concílio Vaticano II em sua predicação, nos seminários, por ocasião celebrar a nova missa e com a colaboração completa com a diocese local, contra as garantias feitas há cinco anos. Como vamos crer que a nova Roma não vai fazer as mesmas petições depois de cinco ou seis anos? … A FSSPX, se diz, pensa que pode casar-se com a igreja oficial sem perder a virgindade de sua fé.

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